
A cidade quente, alegre, colorida e exuberante em tudo diferia de minha fria Brentonico, no alto dos alpes trentinos. Sem neve, sem fome, sem tristeza, sem choro, sem lágrima, sem viuvez, sem orfandade. Ficamos no Rio por um mês e alguns dias. O suficiente para o país me seduzir, e para a maravilhosa cidade nos deixar prostrados perante sua grandeza.
Aquela tarde de dezembro estava especialmente ensolarada, com céu azul e réstias de nuvens brancas. Uma brisa suave trazia felicidade e deixava no ar um cheiro fresco de mato. Da bela Itália trouxemos o braço forte e o temperamento condimentado; do Brasil ganhamos a obra-prima e a vontade para fazer a América.
O Rio foi a primeira cara que vi do Brasil, que feliz primeira impressão!, no distante dezembro de 1883, pelos olhos de meu trisavô Maximiliano Zeni.
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